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Arctic Monkeys anuncia álbum ao vivo

Com propósito solidário, álbum chega no próximo 4 de dezembro


Arctic Monkeys
Foto: Divulgação

O Arctic Monkeys anunciou nesta quarta-feira (28) o lançamento de um álbum ao vivo que foi gravado no Royal Albert Hall em Londres, Inglaterra. Na ocasião, o show que aconteceu em 7 de julho de 2018 contou com 20 faixas em um poderoso setlist, envolvendo os grandes clássicos da banda britânica.

O lançamento do álbum está agendado para o dia 4 de dezembro, e tem um propósito solidário. Todas as receitas obtidas com o álbum serão revertidas em favor da War Child, instituição britânica que busca ajudar crianças traumatizadas e carentes em áreas de conflito e guerra.






Arctic Monkeys – Live At The Royal Albert Hall, gravado na turnê do disco Tranquility Base Hotel & Casino, estará disponível nas plataformas de streaming, formato de vinil duplo e CD. 

Arctic Monkeys Royal Albert Hall


Setlist Arctic Monkeys – Live At The Royal Albert Hall:


1. Four Out Of Five
2. Brianstorm
3. Crying Lightning
4. Do I Wanna Know?
5. Why’d You Only Call Me When You’re High?
6. 505
7. One Point Perspective
8. Do Me A Favour
9. Cornerstone
10. Knee Socks
11. Arabella
12. Tranquility Base Hotel & Casino
13. She Looks Like Fun
14. From The Ritz To The Rubble
15. Pretty Visitors
16. Don’t Sit Down ‘Cause I’ve Moved Your Chair
17. I Bet You Look Good On The Dancefloor
18. Star Treatment
19. The View From The Afternoon
20. R U Mine?

Gorillaz lança "Song Machine, Season One: Strange Timez"

Gorillaz
Foto: Divulgação / Gorillaz

Novo registro traz diversas parcerias com artistas de diversos gêneros musicais

Gorillaz, a banda virtual mais cool do momento liderada por Damon Albarn lançou nesta sexta-feira (23) seu novo projeto: Song Machine, Season One: Strange Timez. Para quem não sabe, Gorillaz surgiu em 1998 com a saída de Damon Albarn do Blur que buscava experimentar novos estilos e gêneros musicais, como o hip-hop, o pop e o eletrônico, junto com o rock. Jamie Hewllet também faz parte do projeto, o designer e quadrinista inglês é o criador dos personagens de HQ.


De forma inesperada, o projeto paralelo de Damon ganhou vida própria e após 20 anos de estrada, mergulha em um novo registro com variações e experiências sonoras alternativas com grande versatilidade. Robert Smith, do The Cure, aparece na faixa de abertura de Song Machine, Season One: Strange Timez, que consiste de vídeos e músicas lançados em episódios mensais, como uma série. O conceito e o experimentalismo do disco faz o punk rock se sentar ao lado de baladas de piano brilhantes, enquanto o hip-hop se une ao ambiente de melancolia. 


O resultado do projeto está em 17 faixas com uma imensa versaltilidade, que corresponde à diversos tipos de gêneros, em diferentes estilos de sons, com participações de Beck, Elton John, Fatoumata Diawara, Georgia, Kano, Leee John, Octavian, Peter Hook (ex-New Order), Robert Smith (The Cure), Roxani Arias, ScHoolboy Q, Slaves, Slowthai, St Vincent e 6LACK, assim como CHAI, EARTHGANG, Goldlink, Joan As Police Woman, JPEGMAFIA, Moonchild Sanelly, Unknown Mortal Orchestra, Skepta e, claro, Tony Allen.


Reunindo diversos e variados artistas em Song Machine, Gorillaz entende bem a estética pós moderna e como diferentes estilos podem coexistir em uma mesma canção. Song Machine, Season One: Strange Timez está já disponível nas plataformas digitais e formatos físicos de CD, vinil, cassete e em edições Deluxe de 17 faixas e Super Deluxe. 






Song Machine, Season One: Strange Timez

Infante lança "Retalhos e Pensamentos Mal Costurados"

Produzido antes do isolamento social, o EP traz 4 faixas e marca uma nova fase de experimentações da banda


Infante
Foto: Amanda Godoy / Divulgação

A banda de rock alternativo Infante, natural da cidade de Jundiaí-SP, está de volta com novo material em canções inéditas. Após mais de dois anos sem subir aos palcos e quatro anos desde do último disco, 1991 (de 2016), o grupo regressa com o lançamento do EP Retalhos e Pensamentos Mal Costurados, nesta-sexta-feira (23).

Apesar do novo trabalho ter ficado pronto apenas em 2020 no meio da pandemia, todo o processo durou aproximadamente 2 anos segundo Caio Molena (voz e guitarra): "começamos a compor as músicas em 2017, mas só após 2018 começamos a gravar. Gravamos as guias no final de 2018, as guitarras e baixo na metade de 2019 e os vocais em meados de outubro de 2019. A masterização foi a única coisa feita em 2020".

O processo não foi tão rápido e simples, mas o tempo de maturação se mostrou essencial para que a banda fosse capaz de explorar novas sonoridades além do rock alternativo, característica muito presente nos trabalhos anteriores. De forma mais sutil e flutuando pelas nuances, percebemos que a banda trouxe mais para perto o indie rock e a música brasileira no geral, tanto que no final da canção "Paraíso Particular", que abre o EP, somos contemplados com acordes de violão que remetem à MPB e Bossa Nova.

Com melodias mais ousadas e sem ficar preso nas distorções e vocais rasgados, a Infante construiu canções que retratam o amadurecimento em relação a tudo: música, pensamento social-político, relacionamento e a introspecção de estar consigo a todo instante, muitas vezes, completamente sozinho.

No total são quatro faixas, sendo três delas inéditas: "Paraíso Particular", "Novela Mexicana" e "Se Você Tivesse Um Encontro Com Você Mesmo, Levaria Flores?". No final de agosto, a banda lançou o single "Vem e Vai", que fecha o EP.


Faixa a Faixa


Paraíso Particular

Fernando Lodi: "Literalmente acordei de madrugada a um bom tempo atrás, peguei a guitarra e fiz e essa música. Meio que fala sobre retomar o conforto nos momentos sozinhos e a vontade de fazer coisas mesmo que com certo receio e insegurança. A sonoridade vem bastante inspirada em Twinpines, Polara e música brasileira, mas nesse aspecto são mais os acordes usados, até por conta disso o sambinha no final."


Novela Mexicana

Caio Molena: "Eu me inspirei um pouco na música de abertura do seriado Narcos, "Tuyo", em 2017 eu estava viciado na série. A letra fala sobre meu problema de visão (ceratocone) e do fato de não conseguir enxergar nada quando não tem luz. Claro que se falasse literalmente disso, a letra não iria ficar tão boa, então coloquei outras coisas no meio só para ficar mais dramático mesmo."


Se Você Tivesse Um Encontro Com Você Mesmo, Levaria Flores?

Fernando Lodi: "Uma música que fala sobre pensar se você já está no momento de ser gentil consigo mesmo, se aceitar e coisas assim, uma vez que você é a pessoa que mais convive com você mesmo, se enfrentar, se analisar e etc. A sonoridade também vem bastante do Twinpines, principalmente na relação entre os riffs de guitarra e bateria e o uso de som limpo nas bases, entre outras influências de bandas dos anos 90."


Vem e Vai:

Caio Molena: "Eu tinha gravado uma demo dela em 2014, na lavanderia da casa da minha avó. Na época era viciadíssimo em Wavves, e na demo fica claro. Na versão final, que foi o single, não usamos tantos efeitos na voz (a não ser no refrão, que usei um pedal de distorção para gravar a voz, ligando o microfone no pedal, o pedal no amplificador e outro microfone para captar o som que saía). O mais incrível é o solo, que o Lodi fez dois takes tocando exatamente da mesma forma. Para quem grava, todo mundo sabe o quanto isso é difícil, ainda mais quando se trata de solo de guitarra, então foi uma das coisas mais incríveis do EP."


Você pode ouvir abaixo ou se preferir, acessar este link e escolher sua plataforma de streaming favorita.





Ficha técnica:

Vocais: Caio Molena e Fernando Lodi

Baixo: Guilherme Lucas

Guitarras: Caio Molena e Fernando Lodi

Bateria: Caio Molena e Danilo Guarniero (composição)

Mixagem, Produção e Masterização: Caio Molena e Fernando Lodi

Gravação: Estúdio Jardim Elétrico

Capa: Fernando Lodi

Paul McCartney anuncia o lançamento de "McCartney III"

Paul McCartney
Foto: Mary McCartney    

Gravado em "rockdown" disco será lançado em 11 de dezembro e marca 50 anos de carreira solo de Paul

Cinquenta anos após a sua estreia solo, Paul McCartney anuncia o sucessor de McCartney II (1980). Pegando todos de surpresa com a revelação do lançamento, o lendário beatle gravou todo o disco em seu período de isolamento na região nobre de Londres, em Saint John Wood, um período que o mesmo nomeou como "rockdown". 

McCartney III foi feito totalmente de forma solo, com vocais, guitarra, piano e todas as composições feitas por McCartney, que também produziu o álbum. Em nota oficial de seu site, Paul conta como foi o processo de criação do novo álbum:

Eu estava vivendo a vida de lockdown na minha fazenda com a família e eu ia para o estúdio todos os dias. Eu tinha um pouco de trabalho em músicas para filmes e isso acabou virando a faixa de abertura, e aí, quando ficou pronto, eu pensei: 'O que vou fazer agora?’. Eu tinha algumas coisas nas quais eu trabalhei ao longo dos anos, mas, às vezes, o tempo acabava e ficava tudo pela metade, então, eu comecei a pensar no que eu tinha. Todo dia, eu começava gravando o instrumento com o qual eu escrevi a música e aí, gradualmente, ia adicionando camadas; foi muito divertido. Foi sobre fazer música para você mesmo, em vez de fazer música para cumprir um trabalho. Então, eu só fiz coisas que eu gostei de fazer. Eu não tinha ideia de que isso viraria um álbum.  


McCartney III
sucederá Egypt Station, álbum que foi lançado em 2018. O novo disco ainda segue sem grandes detalhes revelados, apenas um pequeno teaser sobre o lançamento que está marcado para 11 de dezembro nas plataformas digitais, CD e LP fabricados pela Third Man Pressing.


Rashid lança clipe de "Blindado"

Rashid Clipe Blindado
Foto: Devasto / Divulgação

Em tempos pandemia e isolamento social, rapper faz de sua casa cenário para o videoclipe


"Blindado", novo clipe de Rashid, aproveita o isolamento social para mostrar o músico em seu habitat mais comum, sua casa, cenário ideal para refúgio em uma pandemia. Haja proteção: são tempos de vírus e de "vermes", como cita ele em um dos versos logo no início e defender-se é necessário, como sugere nas cenas em que aparece praticando golpes de boxe ou quando segura a espada de samurai. 

A escolha por um beat mais pesado, produzido por LR Beats, traz o rapper experimentando com o grave de sua voz e da batida para criar um clima sombrio, frio, que fica mais evidente no clipe, feito com luz baixa e poucas cores.

"Blindado" foi dirigido e editado por Devasto, produtor musical e videomaker com quem Rashid já colaborou no videoclipe de "Interior". A música faz parte de Tão Real, novo álbum do rapper, lançado como trilogia em formato transmídia. 

Álbum "Rumours" do Fleetwood Mac volta ao top 10 da Billboard após vídeo viral

Fleetwoord Mac Rumours

Com a impulsão do vídeo de Nathan Apodaca, disco atingiu a sétima posição da Billboard 200

A menos que você tenha ficado totalmente desligado da internet e redes sociais nos últimos dias, sabe do sucesso que foi o vídeo de Nathan Apodaca ao som de Dreams do Fleetwood Mac. O viral obteve milhões de visualizações, fazendo Dreams retomar às paradas de singles dos Estados Unidos, atingindo o 21º lugar. Em seguida, o disco Rumours, a qual a canção é integrada, atingiria a 7ª posição da Billboard 200, que cataloga os discos de maior sucesso no momento, entre a semana passada e a atual. Ao ser lançado, o clássico Rumours ficou 31 semanas no primeiro lugar da parada Billboard 200 entre 1977 e 1978, sendo até hoje o álbum de duo ou banda que ficou mais tempo no topo deste ranking.


A melodia da música, que é um clássico do disco Rumours encaixou perfeitamente com o vídeo postando por Nathan no TikTok, onde ao se ver sem alternativa por conta de um problema com o seu trailer, decide ir ao trabalho de skate, bebendo suco, despreocupado. O grande sucesso por de trás do vídeo que virou meme, está justamente nessa sensação good vibes e de paz que é transmitida, algo que estamos precisando bastante em um ano complicado de pandemia.



O tamanho da repercussão foi tão grande que até Mick Fleetwood e Stevie Nicks, integrantes da banda, repetiram o meme. Além claro, da criação de um filtro no Instagram para quem quiser colocar seu rosto e demais vídeos e memes influenciados pela good vibe. Descendente de indígenas e mexicanos, o rapaz trabalha numa fábrica de batatas em sua cidade natal Falls em Idaho e já é famoso nas redes sociais por postar vídeos engraçados com ótimas trilhas sonoras e dancinhas. 


Recentemente, ao descobrirem que Apodaca vivia em uma forma bem modesta em um trailer que não tinha nem água encanada, internautas e demais empresas se mobilizaram e arrecadaram doações, que já passam de US$ 10 mil. Ele também foi presenteado com uma caminhonete lotada de sucos, da mesma fabricante a qual bebia na gravação do vídeo. 



Reflexões sobre a passagem do tempo em "Vem e Vai", single da Infante

Foto: Julia Barker / Divulgação

Banda lançará EP "Retalhos e Pensamentos Mal Costurados" nesta sexta-feira (23)

Infante, quarteto de rock alternativo de Jundiaí (São Paulo), lançou recentemente Vem e Vai, seu novo single. Formada por Caio Molena (vocal e guitarra), Fernando Lodi (vocal e guitarra), Guilherme Lucas (baixo) e Danilo Guarniero (bateria), a banda tem em sua sonoridade influências que vão de The Betles ao indie rock/alternativo dos anos 90.

O guitarrista e vocalista Caio Molena nos contou um pouco sobre a faixa:

Vem e Vai teve muita influência de Wavves. Na letra, coloquei um pouco das minhas inseguranças de estar ficando mais velho, inseguranças sobre as coisas que, socialmente, nos pressionam a dar conta quando chega a certa idade, como estabilidade no emprego, família, vida amorosa, etc. Eu quis passar uma sensação de que a gente, às vezes, tem que ceder pro Vem e Vai da vida, pois não tem muito como ir contra. Muitos problemas acabam caindo em nossa costa, e no final das contas, algumas vezes você tem que deixar rolar.

A canção vai estar presente no novo EP da banda "Retalhos e Pensamentos Mal Costurados", que será lançado nesta sexta-feira (23). Ouça Vem e Vai:







80 anos de John Lennon

O legado e a importância do lendário músico e ativista da paz


John Lennon
Foto: Bob Gruen / Reprodução Facebook - @johnlennon


John Winston Lennon
nasceu em 9 de outubro de 1940, proveniente da classe operária inglesa em Liverpool, uma cidade que tinha grandes traços industriais, John cresceu no período da Segunda Guerra Mundial e, no dia de seu nascimento, sua cidade foi bombardeada pelos nazistas. 

Filho de Julia e Alfred Lennon, seu nome foi uma homenagem ao avô John e a Winston Churchill, o primeiro-ministro da época. Sofreu cedo com a separação dos pais aos 4 anos e foi morar com sua tia e após esse periodo complicado, vinha reecontrar sua mãe e ganhar seu primeiro instrumento, uma guitarra. Nessa época, já se interessava por música e literatura, pelos discos de Elvis Presley e pelas aulas de banjo. No mesmo período John e alguns amigos do colégio criaram a The Quarrymen, sua primeira banda de skiffle – um gênero derivado do folk com influência de jazz e blues. Durante uma das apresentações do grupo, ele viria a conhecer Paul McCartney, que também virou integrante. John estava se aproximando de sua mãe novamente, porém esse recomeço durou pouco após Julia falecer em 1958. A morte da mãe foi um período traumático que marcou a vida do artista.

Assim como Lennon, Paul McCartney também havia perdido sua mãe logo cedo, talvez por conta disso, a amizade e a dedicação com a música tenha crescido entre os dois. Em 1958 George Harrison tocou tão bem Raunchy – uma canção instrumental composta por Bill Justis – para John Lennon e Paul McCartney, que convenceu Lennon a deixá-lo entrar para a sua banda, Quarrymen.

Com a entrada do novo baterista, Ringo Starr em 1960, The Quarrymen passava a ser conhecida como a lendária The Beatles. Tendo em vista que o significado é "Os Besouros", a escolha do nome foi uma homenagem para a The Crickets (Os Grilos). Embora sejam caracterizados pelo estilo dançante das canções iniciais, os Beatles representavam uma espécie de revolta contra as circunstâncias que eram impostas pelas classes dominantes dos jovens da época, que abraçavam o Rock. 



Apesar de ser considerado bem-humorado, a rebeldia de Lennon começou a aflorescer desde a adolescência, com o abandono pelos país e posteriormente, a morte da mãe. Ainda assim, não era reconhecido como um músico voltado para pautas políticas e de militância na época, o que viria a acontecer mais tarde.


John Lennon pacifista

O espírito pacifísta surge no fim da década de 60, com o surgimento de diversas manifestações contra a invasão imperialista no Vietnã, entre 1967 e 1968, onde Lennon adota posições pacifistas em defesa da paz e do amor, contra a guerra.  Ao lado de Yoko Ono, participava de manifestações e escrevia canções. No período compôs o clássico All You Need is Love, ao lado de McCartney. 

A década que viria a ser marcada pela indignação que abalou a cultura, chegando também em outros setores da sociedade, como os protestos, principalmente nos EUA, em favor da igualdade de direitos civís dos negros, o assassinato de Martin Luther King, a Guerra do Vietnã e entre outros países onde jovens se rebeleram contra o status quo. Dentro desse aspecto, surge Revolution composta pela dupla Lennon-McCartney, como single do lado B de Hey Jude.



No período de uma semana, os recém-casados Yoko Ono e John Lennon passaram a lua de mel na cama da suíte presidencial do Hotel Hilton em Amsterdã, na Holanda. A curiosidade do fato é que, todos os dias, recebiam jornalistas e fotógrafos do mundo inteiro para divulgarem seu bed-in for peace, uma campanha pela paz, contra a Guerra do Vietnã. E é etapa que surge o Lennon "hippie", como alguns gostam de rotular, esquecendo da representatividade do músico em sua trajetória de atuação política.

Com a realização dos bed-ins, John Lennon vinha a compor Give Peace a Chance, para uma campanha que durou quase dez meses, entre março e dezembro de 1969. Dada a inserção no âmbito crítico à política em suas campanhas e composições, John Lennon criava conexões com grupos militantes e outros artistas anti guerra da época. Os Estados Unidos era o principal responsável pela invasão ao Vietnã e tal mudança acarretou em uma inicial proibição de realizar seus protestos em Nova Iorque.




Apenas em 1971, depois da separação dos Beatles, é que o casal, finalmente, se muda para Nova York.Por lá, viveram em dois locais, o primeiro deles um apartamento em Greenwich Village, e o segundo, o Edifício Dakota, na esquina da 72nd Street e o Central Park. Por terem ligação com partidos de esquerda, foram investigados pelo FBI, perseguidos e ameaçados de deportação. Gravaram dois álbuns juntos,  Imagine Live in New York City e o Double Fantasy

Se estivesse vivo, John Lennon estaria completando hoje 80 anos. Ao menos o seu legado o mantém vivo, nas canções e obras que influênciam o cenário da música até os dias de hoje.

Led Zeppelin III completa 50 anos

Banda mergulhava para novos caminhos e gêneros musicais em um disco que dividiu boa parte do público e crítica nos anos 70


Led Zeppelin
Foto: Divulgação


Após o grande sucesso em seus dois primeiros discos, que ficaram marcados por Good Times Bad Times, Whola Lotta Love, Ramble On, entre outras, o Led Zeppelin rumava por novos caminhos e experiências sonoras, buscando expandir o seu horizonte. O hype em torno do terceiro disco da banda era enorme, que na época era a de maior sucesso no mundo. Desta forma, uma mudança drástica no aspecto musical e na sonoridade talvez não seria recebida tão bem pelo público. Entretanto a banda se viu num momento de renovação e evolução sonora. 

Então, Jimmy Page e Robert Plant reuniram o grupo e começaram a compor Led Zeppelin III em uma viagem à um chalé chamado Bron-Yr-Aur, em um local isolado e de ambientação natural que certamente influênciou na produção, no País de Gales. O disco foi concebido em outubro de 1970 e está completando 50 anos.

Mesmo tendo um dos maiores hits da banda – Immigrant Song que traz referências à mitologia nórdia, e inspirada no show que fizeram na cidade de Reykjavik, na Islandia em junho de 1970 –, o disco não foi tão bem recebido em primeira impressão pela crítica em 70. Há quem ousa em dizer que é o pior disco dos Zeppelin por conta da forte influência folk em sua composição.



Porém, embora tenha tido uma certa rejeição inicial com a divisão dos fãs e crítica, que não esperavam uma produção deste tipo vindo da banda, o disco III viria a ganhar a posição de número um nas paradas rapidamente.  Apesar da levada e influência folk, ainda trazia algumas faixas mais "pesadas" – como alguns costumam dizer –, apresentando também um blues magnífico em Since I've Been Loving You

Tangerine é uma das canções mais lindas e profundas compostas pelo grupo, uma reflexão sobre um amor que já passou em uma harmonia simplista, porém tocante, é pura poesia (uma das minhas preferidas).



Não podemos esquecer também de Out on the Tiles, uma das canções mais subestimadas dos Zeps que segundo Jimmy Page foi inspirada em uma brincadeira com o baterista John Bonham, que tinha o hábito de cantar rap quando bebia em suas noites de relaxamento e, durante o processo da composição da faixa, Page lembrou desses momentos para criar o solo da canção.

Led Zeppelin III é uma obra-prima, nos mostrando talento de jovens músicos que não ficaram estagnados em cartilhas que devem ser seguidas por bandas de rock, buscando uma evolução sonora e um experimentalismo, transcedendo e mergulhando em outros gêneros musicais e aspectos sonoros, no caso do III, o folk. 







Led Zeppelin III

Lucas Gonçalves lança "Se Chover"

Lucas Gonçalves
Foto: Azevedo Lobo

Uma autobiografia em forma de disco 

O músico mineiro Lucas Gonçalves, integrante da Maglore e Vitreaux, lançou nessa última quarta-feira (07) seu disco de estreia em carreira solo. Se Chover, como é intitulado, traz consigo temáticas que vão do amor à mágoa, da esperança à injustiça, da vida à morte. Lançado pelo selo Pequeno Imprevisto o registro foi gravado em 2019 e é uma espécie de autobiografia em forma de disco, sendo também, bem intimista.


É notável uma influência setentista de discos como Clube da Esquina, bem como a grandes nomes da música mineira: Milton Nascimento, Lô Borges e Beto Guedes. No meio dessas influências que resgatam o passado e suas origens é que está Se Chover de Lucas Gonçalves, que agora vive em São Paulo, mas que carrega memórias dos tempos vividos em Passa Quatro, Minas Gerais. 


Desta forma, as dez faixas que compõem o disco conseguem mergulhar entre o passado, presente, não deixando de pensar no futuro, desde o anseio pela mudança ao medo do que está por vir, em relatos de experiências de vida.


Você pode ouvir abaixo ou se preferir, acessar este link e escolher sua plataforma de streaming favorita.



Relacionamentos e seus ciclos em "Esses Dias", novo single da Baronesa

Baronesa
Foto: Divulgação

Banda traz transição do amor à aceitação de seu fim

A banda indie Baronesa lançou recentemente Esses Dias, seu novo single. Com influências de Boogarins, Terno Rei e Mac Demarco em sua sonoridade, a faixa trabalha com a temática reflexiva sobre um relacionamento que se encontra em ruínas, perto de seu fim. 

Devido à pandemia do COVID-19, todas as sessões de gravação ocorreram de forma remota. Assim, os vocais e as linhas de guitarra e baixo foram captados em casa. Já a bateria, foi gravada no Estúdio Bokada em Pelotas, no Rio Grande do Sul. Na oportunidade, a música foi produzida por Lucas Roma em parceria com o vocalista e guitarrista da Baronesa, Otávio Vassão.


Também vocalista e guitarrista do grupo, Guilherme Casali, ressalta que a melodia e a letra da canção foram compostas com o intuito de retratar o contraste entre as últimas fases de um relacionamento. "Abordamos a negação, a briga, e a aceitação. É sobre compreender o momento e partir".


Além de Guilherme e Otávio, a Baronesa ainda é formada pelos músicos Vítor Vaz (bateria) e Rodolpho Fragelli (baixo). O grupo está em atividade desde meados de 2019 e é natural da cidade de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Anteriormente neste ano, o quarteto disponibilizou os singles Leve O Seu TempoDeixa Pra Lá.


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Terno Rei lança EP acústico

Terno Rei
Foto: César Ovalle

EP contém quatro faixas do disco Violeta e uma versão de "Eu Amo Você"

Uma das bandas indies mais conceito do Brasil hoje, Terno Rei lançou nessa sexta-feira (2) um o EP Acústico. O registro foi feito a partir da transmissão de live em estúdio e é composto por quatro canções do disco Violeta, e uma versão de Eu Amo Você de Cassiano e Silvio Rochael, que ficou eternizada na voz de Tim Maia


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Maglore, Fernanda Takai e John Ulhoa lançam "Não Existe Saudade no Cosmos"

Maglore
Foto: Duane Carvalho

Canção foi gravada à distância

A banda Maglore lançou nesta sexta-feira (02), uma versão de estúdio de sua canção Não Existe Saudade no Cosmos. A faixa foi composta por Teago Oliveira em 2017, junto com o marcante e brilhante disco Todas as Bandeiras, porém, acabou ficando de fora e não sendo lançada pela banda, já que tempo depois foi parar na voz do Tremendão, Erasmo Carlos. Erasmo que na época, ao ouvir pela primeira vez, se identificou com a letra e a canção entrou em seu disco Amor É Isso


Como fã, sempre aguardei anciosamente pela versão da banda, que foi tocada em alguns shows, porém que eu não estava presente. A espera acabou em 2019, com a gravação do DVD de comemoração pelos dez anos de estrada, que você pode conferir logo abaixo:



Feito o registro ao vivo em ocasião mais que especial, faltava uma versão de estúdio. E então, Teago Oliveira, Lelo Brandão, Felipe Dieder e Lucas Gonçalves se juntaram à Fernanda Takai e John Ulhoa do Pato Fu, para lançar uma versão pra lá de bonita de Não Existe Saudade no Cosmos. Você pode ouvir abaixo ou se preferir, acessar este link e escolher sua plataforma de streaming favorita.

Lau e Eu lança "O Futuro Está Distante"

Foto: Reprodução/ YouTube Lau e Eu

Lançamento acompanha curta-metragem e manifesto

O músico sergipano Lauckson José lançou nesta sexta-feira (25) um novo EP para o seu projeto Lau e Eu. Com O Futuro Está Distante, Lau dá sequência à Selma num novo registro em nove canções que conta com participações especiais de Laura Lavieri em "Se O Nosso Amor Fosse São Paulo", e Julia Valiengo (Trupe Chá de Bolso) e Marcelle em "Fiquei Ali Pensando". 



O lançamento também acompanha um curta que você pode conferir logo abaixo, há também um manifesto que você pode acessar e ler aqui.




O Futuro Está Distante já se encontra disponível nas plataformas de streaming e você pode acessar aqui.


Lançamentos da Semana | Carne Doce, Dingo Bells, Rodrigo Alarcon, Vanguart e The Baggios

Venha conferir o que há de novo na cena nacional!

Foto: Macloys Aquino e Jamie Silveira 

Nesta sexta-feira (18) a banda goiana Carne Doce liberou as onze faixas do seu quarto disco de estúdio "Interior". O álbum que navega no experimentalismo marca uma trajetória de sucesso na cena da música independente para o grupo. 

A banda que ficou consolidada em seu último trabalho pelo elogiado Tônus (2018), retorna em mais um belo disco, com um marco contemporâneo e moderno, adentrando em temáticas distintas a cada faixa, desde a abordagem da questão dos problemas ambientais à situação política do Brasil, do empoderamento feminino e das diferenças entre "universos" do interior e da cidade.






Dingo Bells
Foto: Vinícius Angeli / Divulgação Facebook Dingo Bells

O grupo Dingo Bells, que anteriormente havia anunciado a versão acústica de "Eu Vim Passear", agora, lança seu mais novo single "Antes de Dormir" em suas plataformas digitais.Recentemente, eles também fizeram uma versão acústica para "Dinossauros".





Rodrigo Alarcon e Ana Müller
Foto: Divulgação/Facebook Rodrigo Alarcon


O cantor e compositor Rodrigo Alarcon lançou nessa sexta-feira (18), a canção "O Dia Seguinte (à do Itamar)", com colaboração de Ana Müller. "O Dia Seguinte (à do Itamar)" foi inspirada em "Fim de Festa" de Itamar Assumpção, já se encontra disponível em todas as plataformas de streaming, para acessar e escolher a de sua preferência clique aqui.






Vanguart
Foto: Nina Bruno / Divulgação

A icônica banda brasileira de indie/folk Vanguart soltou recentemente um novo single. "O Amor é Assim", como é intitulada, foi gravada depois das sessões de Vanguart Sings Bob Dylan, pela gravadora Deck e já está disponível nas plataformas digitais.




The Baggios
Foto: Divulgação Facebook The Baggios




O trio sergipano The Baggios lançou nesta sexta-feira um novo single. Hendrixiano, como é chamada, busca homenagear Jimi Hendrix, que completa hoje 50 anos desde a sua partida. A canção traz caracterizações e elementos do estilo de Hendrix, e se encontra disponível em todas as plataformas de streaming.


50 anos sem Jimi Hendrix

Conheça um pouco do legado revolucionário, de um dos maiores nomes da música


Jimi Hendrix
Foto: Divulgação


Lá se vão meio século sem Jimi Hendrix. Ainda que seja bastante tempo desde sua partida, ele ainda continua presente e "vivo". Antes da sua partida prematura, o jovem James Marshall Hendrix dedicou seus 27 anos no planeta azul à música, principalmente à sua principal companheira, a guitarra. Canhoto, tocava de "forma invertida" e eternizou a consagrada Fender Stratocaster. 

Jimi Hendrix que é considerado em todas as listas como o maior guitarrista de todos os tempos era mais do que isso, seu estilo único revolucionou e influênciou grandes nomes da música até os dias de hoje. Segundo James, seu pai, Jimi começou a se interessar por música quando tinha 10 anos, ganhando sua primeira guitarra aos 12 e tinha tanta facilidade com o instrumento que aos 13 anos já tocava em bandas.

Como músico de apoio, Hendrix acabou tocando com mais de 40 grupos de R&B, acompanhando grandes nomes como Little Richard, Jackie Wilson, Wilson Pickett e outros. Porém, foi convencido por Chas Chandler, baixista do Animals na época, a ir para Inglaterra em 1966. Chegando em Londres formou a The Jimi Hendrix Experience e emplacou Purple Haze e Hey Joe no topo das paradas músicais do Reino Unido.

Suas apresentações e performances são memoráveis, como por exemplo em 1969 no últimno dia do Festival de Woodstock onde recriou o Hino dos Estados Unidos na guitarra, seguido de Purple Haze,o transformando em um ato contra a violência e de luta pela paz. Naquele momento o hino e o blues se fundiram em um protesto contra a Guerra do Vietnã. Momento que você pode conferir se quiser, logo abaixo:



Além disso, vale lembrar outros momentos onde Hendrix demonstrou tão absurda que eram suas habilidades com o instrumento, o tocando de varias formas, com a mão nas costas e acredite, até com os dentes. Porém, talvez um dos momentos mais importantes para a carreira de Hendrix, ocorreu em 4 de juinho de 1967, poucos dias após o lançamento do álbum Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band aclamado dos Beatles.

Ele ficou tão fascinado pelo disco que tirou em poucas horas todas as músicas e decidiu abrir um show que seria realizado em Londres com a primeira faixa do álbum, sem avisar os parceiros de banda que ficaram surpresos com tal decisão e disseram que seria impossível, por conta da complexidade musical. Mas, a ansiedade ficou ainda maior quando foi revelado que Paul McCartney e George Harrison estavam na plateia, acompanhados de Eric Clapton, um grande ídolo de Jimi. A apresentação foi impactante e você pode conferir abaixo:


Meu primeiro contato com Jimi Hendrix foi ainda na infância, durante um passeio em uma exposição sobre o músico em São Paulo. Fiquei impressionado com seu estilo rebelde e com seu figurino. A partir desse ponto, comecei a me aproximar de sua história e a primeira vez que eu ouvi um solo de Hendrix foi impressionante. Foi uma das melhores exposições que fui em minha vida e que com certeza contribuíram para o meu interesse com a música. 

O blues, R&B e a psicodelia nunca mais foram mesmos após a voz e guitarra de Jimi Hendrix. A transformação de Hendrix transborda e foi além da música, impactando até na moda e na cultura pop.

Rodrigo Alarcon e Ana Müller lançam "O Dia Seguinte (à do Itamar)"

Rodrigo Alarcon
Foto: Reprodução/Facebook Rodrigo Alarcon

Música foi inspirada em "Fim de Festa" de Itamar Assumpção

O cantor e compositor Rodrigo Alarcon lançou nessa sexta-feira (18), a canção O Dia Seguinte (à do Itamar), com colaboração de Ana Müller. O Dia Seguinte (à do Itamar) foi inspirada em Fim de Festa de Itamar Assumpção, já se encontra disponível em todas as plataformas de streaming, para acessar e escolher a de sua preferência clique aqui.


Playlist | Músicas indie para se ouvir na quarentena

Foto tirada por Rodrigo Souza
No momento em que o mundo se encontra, é comum se ver tomado pelo tédio, muitas vezes, até mesmo cansamos de coisas que serviam para nos distrair, como por exemplo aquele filme favorito ou aquela música que você ouvia para fazer basicamente tudo. Portanto, essa playlist tem o propósito de apresentar músicas de diversas partes do mundo, para sair da mesmice e também para conhecer mais a música internacional, além também de ter a presença nacional.




Esta playlist está aberta para colaboração e será atualizada semanalmente.  

Por que 'Alright', de Kendrick Lamar, é considerada a música da década e qual a sua importância

Música se tornou um hino em manifestações ao longo dos anos nos Estados Unidos


Alright, Kendrick Lamar
Foto: Reprodução/YouTube


No fim de 2019, a revista norte-americana Pitchfork, especializada em música, fez o seu ranking com as 200 melhores obras dos últimos dez anos. Na listagem havia nomes como Beyoncé, Tame Impala, Frank Ocean e Robyn. Um dos nomes mais importantes do rap no cenário atual, Kendrick Lamar teve sua música Alright no topo da lista, sendo considerada a música da década. Além disso, Kendrick aparece mais duas vezes com "DNA." e "Bitch, Don’t Kill My Vibe". (caso você queira, pode acessar a lista completa aqui).


A canção que faz parte do disco To Pimp A Butterfly tem grandes motivos para ser considerada uma das mais importantes da década passada. O trecho "We gon’ be alright" (Nós ficaremos bem) se tornou um grito nas vozes de pessoas em movimentos como o Black Lives Matter, durante manifestações nos Estados Unidos.

Estimasse que em 2015 tenha sido uma das primeiras vezes em que se ouviu o trecho durante um protesto do BLM (Black Lives Matter), contra a brutalidade policial e seletividade racial para esse tipo de violência, em Cleveland, Ohio. Isso fez com que a canção se tornasse um hino ou mantra, em manifestações contra a violência policial por lá.


Após o lançamento de To Pimp a Butterfly, Lamar foi entrevistado pelo crítico da cultura pop americana Miles Marshall Lewis, e revelou que foi durante uma viagem à África do Sul que lhe surgiu a inspiração para escrever a canção — especificamente na Ilha Robben, na cela em que Nelson Mandela esteve preso.

"Quatrocentos anos atrás, como escravos, oramos e cantamos canções alegres para manter a cabeça equilibrada com o que estava acontecendo", disse Lamar. "Quatrocentos anos depois, ainda precisamos dessa música para curar. E eu acho que 'Alright' é definitivamente uma daquelas que faz você se sentir bem, não importa a que horas sejam." Com Alright, Kendrick não só quis trazer uma crítica e uma luta contra o racismo, mas também uma esperança para as pessoas, resumindo o espírito de uma década que chega ao fim.

Nos dias atuais, estamos acompanhando a crescente série de manifestações e atos pedindo justiça pelo assassinato de George Floyd, cometido pela polícia de Minneapolis, nos Estados Unidos. "I can't breathe" (Eu não consigo respirar) foram as últimas palavras de George, asfixiado até a morte por um polícial branco. O ocorrido que teve vídeo gravado por testemunhas chocou o país e fez com que a força e indignação da população crescesse e da mesma forma que em Cleveland, Alright tem sido utilizada como mantra nas manifestações por todo o país — dando força aos movimentos locais. O assassinato de Floyd não só expõe a conduta violenta da polícia, mas também a desigualdade que afeta profundamente a vida dos negros nos Estados Unidos.

O racismo estrutural e a violência policial é um tema bastante tratado e imposto nas produções culturais, sejam elas filmes, séries, livros ou músicas. No caso das canções, acabam se tornando gritos, desabafos e trilha sonoras de momentos históricos do movimento negro, não só nos Estados Unidos mas no mundo. Isso mostra o poder e a riqueza que tem a arte e a cultura, na luta por um mundo menos intolerante e mais justo.

Blackout Tuesday | Mundo da música se une em apoio a protestos antirracistas

Artistas, gravadoras e plataformas de streaming se unem em apoio às manifestações antirracistas que cobram justiça pelo assassinato de George Floyd e fim da violência policial nos Estados Unidos. 

Em gesto de apoio a manifestações antirracistas que cobram justiça pela morte de George Floyd — homem negro que foi sufocado até a morte por um policial branco — hoje a indústria da música e do entretenimento amanhece unida em protesto. O ocorrido em Minneapolis foi o estopim para pessoas do mundo todo protestarem contra a violência policial, intolerância e racismo escancarado.

A campanha surgiu recentemente, com a hashtag #TheShowMustBePaused (o show deve ser pausado) iniciativa criada por duas executivas negras da indústria da música: Jamila Thomas e Brianna Agyemang, da Atlantic Records pelo site https://www.theshowmustbepaused.com/.

Elas criaram também uma lista nomeada de "Recursos antirracismo", contendo artigos, vídeos podcasts, livros e filmes e séries para se aprofundar no trabalho antirracismo que você pode acessar aqui.



Com o surgimento da campanha, grandes nomes da músicas como Beyonce, Rihanna e Radiohead, além de empresas como a Capitol Music Group e Warner Music, que inclui selos como a Atlantic Records também estão participando e apoiando o Black Tuesday, anunciando uma pausa e dando suporte a comunidade. (via Rolling Stone)

 "Em solidariedade aos nossos colegas, artistas e pessoas amadas negras ao redor do país que estão abaladas com a irracional perda de mais uma vida negra inocente, o Capitol Music Group não vai conduzir nenhum negócio na terça-feira, 2 de junho, em observância ao Black Out Tuesday", escreveu a Capitol.

 "O negócio da música na WMG não vai seguir como normalmente. Embora seja apenas um dia, nós estamos comprometidos em seguir na luta por mudanças reais. Vamos usar esse dia para refletir coletivamente no que podemos fazer enquanto uma empresa para promover ações por mudança e vamos agir nas próximas semanas e meses", escreveu a Warner Records se referindo ao Warner Music Group.







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A Sony Music também se pronunciou em apoio, já a IGA da Universal afirmou que não terá lançamentos durante essa semana e que está comprometida a fazer uma ação de longo prazo na luta pela justiça racial.


O Spotify ficará 8 minutos e 43 segundos em silêncio em referência ao tempo em que George Floyd permaneceu asfixiado pelo policial em Minneapolis. (via The Verge)

O Retrama se solidariza e apoia movimentos antirracistas, que buscam justiça e igualdade social, não aceitamos intolerância.
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